Por Raphaela Rabelo e Thaysa Beatriz (professoras do 2º ano).
Finalizamos o trimestre e chegou o momento de nos encontrarmos com as famílias para refletirmos sobre o processo e resultado de aprendizagem do 1º trimestre.
A reunião de pais é importantíssima para a escola e para as famílias, pois é a oportunidade de firmarmos acordos com os pais, fortalecer a parceria da escola com a família e mostrar o trabalho pedagógico que foi feito durante esses meses com as crianças.
Para estreitar os laços entre as famílias e a equipe pedagógica, é possível fazer algumas dinâmicas e brincadeiras durante a reunião. Essas atividades são ótimas também para acolher os pais novos na escola. Na reunião do 2º ano, fizemos duas dinâmicas:
1- Receita do monstrinho: no início do ano, lemos para a turminha o livro “O Monstro das Cores”, de Anna Llenas, sobre emoções e sentimentos. Após a roda de conversa sobre a leitura, falamos uma receita do monstrinho para as crianças desenharem. Todas as crianças ouviram a mesma receita, ao mesmo tempo e seguiram o mesmo passo a passo. Sendo assim, os monstrinhos ficaram iguais, certo? Errado!
Chegamos a conclusão de que os desenhos ficaram diferentes pois cada criança é de um jeito, somos todos diferentes e aprendemos de formas diferentes. Mesmo seguindo a receita, cada aluno se expressou de forma individualizada, levando em consideração sua bagagem cultural e pedagógica, suas preferências e o modo como enxerga tudo ao seu redor. E assim somos todos nós: temos nossas diferenças e individualidades, que devem ser respeitadas sempre.
A partir dessa conversa, criamos uma dinâmica para a reunião de pais. Cada criança pensou em um monstrinho e escreveu a receita dele para que os seus pais o desenhassem na reunião. Será que os pais conseguiram colocar no papel exatamente o monstro que o filho idealizou? No dia seguinte, mostramos os desenhos às crianças, que estavam empolgadas para ver o resultado. A maioria disse que os pais não “fizeram o desenho certo” e, mais uma vez, chegamos à conclusão de que nem sempre o que pensamos ou idealizamos vai se concretizar, na prática, da forma como queremos. Outras crianças analisaram a receita e perceberam que faltou informação para que o desenho se aproximasse do que eles tinham em mente, demonstrando a importância da autoavaliação.

Os pais tinham em mãos a receita do filho, que tinha uma expectativa quando escreveu aquele passo a passo. Como somos todos diferentes e pensamos de formas diferentes, o resultado não seria igual. E, assim, vamos aprendendo a lidar com a heterogeneidade que nos rodeia e a moldar nossas expectativas. Foi um momento descontraído e divertido na reunião de pais!

2- Encontre o sorriso da sua criança: o ambiente de uma sala de aula deve ser leve, agradável e feliz, sempre! O aprendizado anda de mãos dadas com o bem-estar de nossas crianças e das professoras também. Por isso, decoramos o quadro com os sorrisos das crianças e cada família tinha que encontrar a “felicidade” do seu filho. Atrás da foto, tinha um recadinho das crianças para os pais. O desafio foi também identificar os sorrisos dos amiguinhos do filho!


Pais e educadores, que sejamos sempre motivo de felicidade para os nossos pequenos!

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