Família e escola: uma parceria essencial para a formação integral da criança

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Por Sylvana Torres (diretora da ESB).

Desde o nascimento, todo ser humano tem o desejo e a necessidade de desbravar e se apropriar do mundo que nos cerca. Para essa jornada, a criança está predisposta a aprender e chega a nossos braços equipada com inúmeras capacidades inatas, dentre elas a sobrevivência e o aprender rápido. Ela nasce imersa na família, o ambiente afetivo onde encontrará o amor e a conexão, o cuidado e a proteção para suprir suas demandas, das mais básicas até as mais evoluídas e sofisticadas. No ambiente doméstico, começa então a ampliação de suas capacidades por meio da experiência, marcando o processo educacional desse ser.

É na família, locus principal e primeiras referências de interação social, que as crianças começam a se constituir como um ser humano capaz de viver relações saudáveis, se expressar com uma comunicação clara, assertiva e não violenta, afirmar seus desejos e necessidades, mas demonstrar sensibilidade e empatia às necessidades do outro e relacionar-se de forma solidária e colaborativa, entendendo que os conflitos farão parte desse jogo, mas são resolvidos por meio da escuta e do diálogo. 

Quando a criança ingressa em uma escola, muitas novidades são acrescentadas a sua vida: ao mesmo tempo que ela tem prazer em fazer muitos amigos, produzir arte, realizar atividades diversificadas, brincar com seus pares, usar da tecnologia para explorar o mundo, também se depara com novos desafios, até então não vividos com intensidade e frequência no ambiente doméstico, como disputas, frustrações e conflitos com seus desejos. 

É nesse momento que ela coloca em ação os aprendizados adquiridos na experiência com suas famílias, desde as ferramentas fundamentais de etiqueta social, como o respeito aos seus pares e professoras, atender as orientações, usar cotidianamente o “por favor, com licença, muito obrigada”, pedir desculpas, registrar o sinto muito, até as ações mais difíceis como assumir suas atitudes e reconhecer as consequências, aprendizado essencial para uma existência responsável e respeitosa. 

É nossa responsabilidade, como adultos educadores, a integração de esforços e o suporte socioeducativo para a formação de seres humanos equipados para uma vida em comunidade, aptos para as tomadas de decisões e o fazer coletivo que caracterizam a vida em sociedade mais justa, menos desigual, mais verdadeira e humana.

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