Por Sylvana Torres
É inegável que o ingresso da criança na nova escola, ou mesmo uma mudança de turma, gere para os pequenos estudantes e sua família muitos desafios, incertezas e inseguranças frente ao desconhecido: terei afinidades com a professora de meu filho? Ele será bem acolhido? Está pronto para os objetivos de aprendizagem mais complexos? A escola está preparada para atender suas necessidades? Ele fará amigos? Será feliz? São tantas perguntas, mas sinto dizer, não há respostas prontas e absolutas para cada uma delas.
Diante de um cenário tão delicado, podemos pensar nos indicativos de uma entrada promissora para a criação de vínculos, como:
- o conhecimento prévio sobre a criança, sua história, suas famílias, assim como um acervo pedagógico sobre o processo de acolhimento no ambiente escolar, um planejamento bem estruturado e muito, muito amor pela infância.
- a importância dos adultos em torno da criança, como plataformas propulsoras de um enfrentamento sadio dos desafios que a vida em sociedade nos coloca.
Nesse sentido, de um lado destacamos o exercício da família, acompanhando esse momento, se reconhecendo seguro e feliz com a escolha da escola, segurando a mão de sua criança, sentindo seu coraçãozinho pulsar e transbordando afeto e confiança, tudo o que ela precisa para saber que é capaz de explorar o novo, se surpreender com o inusitado, observar seus pares e sua nova professora! Pequenos passos para uma grande vitória!
De outro lado, ressaltamos a importância de uma acolhida calorosa, generosa e segura, ciente do lugar afetivo social de cada educadora. As crianças são sensíveis e intuitivas e percebem “de longe” quem está “carregado” de afeto, quem reconhece suas diferenças e necessidades e dispõe de um cardápio variado de estratégias pedagógicas para abraçar o “eu”, despertar para seu interesse e atenção para o “outro” e instituir calorosamente o “nós”, ótimos indicativos de uma boa acolhida e uma linda caminhada!
Por fim, lembrar que cada criança é única, vive esse processo de formas diferentes, exige abordagens variadas e apresenta seu próprio ritmo, tempo e melodia.
Vamos dançar com elas e aproveitar a passagem?


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